segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Bibliotecas do Pará viram espaço de cultura e lazer aos sábados


Para muita gente, o sábado é dia de estudar no ambiente tranquilo das bibliotecas, no Centur e na Uepa. Horário alternativo agradou o público. (Foto: Reprodução)
Para muita gente, o sábado é dia de estudar no ambiente tranquilo das bibliotecas, no Centur e na Uepa. Horário alternativo agradou o público. (Foto: Reprodução)
Para alguns o sábado é dia de trabalho normal, para outros, de descanso e lazer, e ainda tem gente que aproveita para colocar os estudos em dia. Para ajudar essa turma, o governo do Estado mantém espaços literários que podem ser usados no fim de semana, como as bibliotecas Pública Artur Viana, do Centur , e Paulo Freire, da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
Seguindo o exemplo de grandes bibliotecas do país, como a de São Paulo, que funciona aos sábados, domingos e feriados, as salas de leitura do Pará começam a criar horários alternativos para atender o grande público, abrindo, em ambos os casos, de 8h15 às 14 horas.
“Foi uma demanda espontânea do público da universidade e da comunidade do entorno da Uepa. Muita gente não tem tempo de frequentar a biblioteca no horário convencional, por isso nos esforçamos para conseguir abrir aos sábados e queremos ampliar esse horário ainda mais”, diz a coordenadora da Biblioteca Paulo Freire, Regina Coeli.
Cerca de 500 pessoas frequentam diariamente a Paulo Freire, cujo acervo de 12,5 mil títulos é formado, na grande maioria, de livros técnicos relacionados aos cursos oferecidos pela universidade. Uma sala com onze computadores e acesso à internet complementam a estrutura disponível para a pesquisa.


Mesmo depois de formada e pós- graduada, Lizabeth Silva continua frequentando a biblioteca da Uepa. Para ela, o ambiente proporciona a concentração nos estudos e cria novos hábitos de leitura. A pedagoga é uma entusiasta do horário especial aos sábados.
“Acho esse horário maravilhoso, pois trabalho o dia inteiro e não tenho como vir durante a semana. O ideal seria que todos os bairros tivessem uma boa biblioteca que abrisse aos sábados. Moro no bairro Castanheira, que fica longe daqui, mas vale a pena vir, pelo conforto de estar nesse espaço”, afirmou.
A Biblioteca Artur Viana, do Centur, existe há 141 anos e tem mais de 60 mil títulos, divididos em 15 sessões especializadas, entre elas uma específica de assuntos da região amazônica. Periódicos e gibis também têm espaço especial. A abertura aos sábados começou no início de agosto deste ano.
As estudantes de enfermagem Nelma Silva, Lígia Pinto e Érika Rocha gostaram da novidade. Para elas, estudar com os livros é melhor do que nos computadores, mais eficiente, e incentiva a troca de informações. Todas concordam que a Artur Viana tem um excelente acervo e a localização também ajuda no encontro para passar horas entre os livros.
O administrador Paulo Quadros levou as filhas Sofia, 8 anos, e Ana Laura, 3, para brincar na biblioteca do Centur. Para ele, o espaço não deixa nada a desejar a outras opções de lazer infantil. “Sempre vamos ao Bosque ou ao Museu, e aqui é um excelente lugar para trazer as crianças, porque elas se divertem e também começam a ter uma intimidade maior com os livros. A gente pesquisa e brinca ao mesmo tempo”, frisou.
A gerente em exercício da biblioteca Artur Viana, Maria de Jesus Correa, contou que a instituição estava estudando há muito tempo a possibilidade de abrir o espaço aos sábados. “Ampliar o acesso a todos é tirar do papel uma das nossas missões. O movimento no sábado ainda é pequeno, mas acredito que em pouco tempo a frequência será igual à da semana”, afirmou.
Fonte: Dani Filgueiras | Agência Pará de Notícias