terça-feira, 22 de maio de 2012

100 ANOS DE JOAQUIM BATISTA DE SENA





DIA: 23 DE MAIO DE 2012 (QUARTA-FEIRA)

LOCAL: MIS – Museu da Imagem e do Som do Ceará

Barão de Studart, 410 – Bairro Meireles – Fortaleza – CE

Tel: (85) 3101-1204 

e-mail: mis@secult.ce.gov.br

Informações: (85) 9675-1099 (Klévisson Viana)

(85) 9999-7908 (Paulo de Tarso)

  Desses mestres do cordel 
  Que sucedeu rica escola
  Joaquim Batista de Sena
  Tem bagagem que extrapola
  Que o tempo pára pra ver
   E querendo não controla. (Guaipuan Vieira)

Joaquim Batista de Sena é um dos grandes nomes do cordel brasileiro de todos os tempos. Este paraibano corajoso, depois de se instalar como poeta editor, achou pequena sua Guarabira natal, e peregrinou pelo Norte e Nordeste, sempre à cata de oportunidades, e fazendo da vida uma arte de improvisar e criar histórias de trancoso. Viveu parte do tempo em Fortaleza. Chegou aqui, foi morar lá para as bandas da Floresta (hoje Álvaro Weyne), e instalou sua Tipografia Graças Fátima à Rua Liberato Barroso, número 725, no centro da cidade. Sempre escreveu muito e tinha fôlego para os romances, os folhetos com maior número de páginas. Dava conta do que pretendia fazer, com sensibilidade e muita competência.

Um dia, resolveu viajar para o Rio de Janeiro e se instalou na Olaria, subúrbio da Leopoldina. Parece que a experiência não foi bem sucedida. Terminou por vender seu acervo para o também poeta e editor Manoel Caboclo e Silva, estabelecido com a Folhetaria Casa dos Horóscopos, em Juazeiro do Norte. Isso aconteceu pelos idos de 1974. A transação, registrada em cartório, proporcionou um grande impulso ao empreendimento de Caboclo. Sena vendeu folhetos junto ao Theatro José de Alencar. Morou com uma segunda família em um conjunto habitacional, na divisa entre os municípios de Redenção e Acarape. Dizia que um dos seus sonhos era organizar uma antologia ilustrada dos seus folhetos, como forma de incrementar suas vendas.

Sena vendeu folhetos junto ao Theatro José de Alencar. Morou com uma segunda família em um conjunto habitacional, na divisa entre os municípios de Redenção e Acarape. Dizia que um dos seus sonhos era organizar uma antologia ilustrada dos seus folhetos, como forma de incrementar suas vendas. Foi um grande poeta, um “performer” na hora da venda dos folhetos, e um sertanejo cidadão do mundo e poeta de verdade. Faz cem anos que nasceu e onze que se foi. Seu legado, valioso, merece um foco de luz e a possibilidade de ser lido e admirado pelas novas gerações.

                                                                        Profº. Gilmar de Carvalho


Fonte: http://cecordel.blogspot.com.br/