segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O TREM DA MINHA ESTAÇÃO



O TREM DA MINHA ESTAÇÃO
*
A chuva vem, chega o frio,
Sem refrescar meu viver.
A vida sem alternância,
Na verdade é padecer,
Mas sei que sem semear
Fica difícil colher.
*
Os braços da primavera
Embalam a esperança.
Espero, porém, não vejo,
Nem promessa de bonança
Os sonhos não recomeçam
Dos sonhos só a lembrança.
*
Se os sonhos desaparecem,
Desenho novo traçado.
Parto de cada estação
Num trem bem mais atinado,
E rumo para o futuro
Sem lamentar o passado.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda