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Titulo: A gratidão de um nordestino. 01 Seu doutor eu sempre fui assim Esse caboclo, porém lá do sertão. Só nunca amansei burro brabo Porque temia cair no chão Eu ando nesse meu burrinho Ele já foi amansado pra mim Pra eu não passar por decepção 02 Aqui ando tranquilo por demais Lendo, porém o meu jornal então. Gosto de ver essa noticia escrita Como fala o nosso povo da região Pro mode, e pro que, e como foi. Quem tem olho trocado é zanoi Isso pra nós não é defeito não 03 Gosto do meu chinelo de sola Do meu chapéu de couro então Gosto do meu radinho de pilha Quando toca as coisas do sertão Fui criado me banhando em açude Comendo angu e pão com feijão 04 Carreguei lata de dezoito litros com água Isso num pau chamava-se de galão Depois ia pra roça limpar legume Ou seja, milho, arroz e feijão. E assim ia o tempo se passando Isso num rapaz ia eu se formando Onde a agricultura era profissão 05 Desculpe-me seu doutor Por essa minha lamentação Eu sei que o senhor é ocupado Muito obrigado pela atenção Sou um homem nordestino Eu, porém desde menino. Nunca vi tamanha admiração
Autor: Poeta Barbosa Filho
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