Marcos Mairton publicou mais uma crônica na coluna "Contos, crônicas e cordéis", no "Jornal da Besta Fubana".
O título da crônica é "Papelão", e começa assim:
Era uma casinha tão pequena que ficava difícil imaginar alguém morando nela. Colada a outra um pouco maior, como se tivesse brotado daquela parede, tinha uma só porta e nenhuma janela. Os tijolos ficavam expostos, devido à ausência de reboco. Na calçada estreita amontoavam-se pedaços de madeira, alguns fios de arame farpado cobertos de ferrugem e latas de refrigerante vazias e amassadas. Era a última casa do quarteirão, mas entre ela e a esquina havia um terreno baldio. Dali, do terreno, dava para ver a sua extensão e calcular que somente da parede da frente para a dos fundos seria possível armar uma rede. Se a rede fosse armada de uma parede lateral para a outra, uma pessoa adulta ficaria toda dobrada dentro dela.
Naquela época, quase todo dia eu passava por ali. Era meu caminho, tanto para ir ao trabalho como para voltar dele. Dependendo do horário, havia um homem do lado de dentro da casa, à porta, olhando para a rua. A porta, aliás, era feita de duas partes, então o homem mantinha a parte de cima aberta e apoiava os braços na de baixo, que permanecia fechada, de forma que seu corpo aparecia apenas da cintura para cima.
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