(Encontro de um poeta aventureiro com um menino sertanejo que falava sobre discos voadores)
Essa história aconteceu
No sertão do Ceará
No município que tem
O nome de Quixadá.
É um caso interessante,
Uma história intrigante
Que eu mesmo pude viver.
Fatos que nunca esqueci
E por isso resolvi
Esse cordel escrever.
Quixadá é uma cidade
Onde o povo hospitaleiro
Tem o coração aberto
Pra acolher o estrangeiro.
Mas, em volta da cidade,
Há, em grande quantidade,
Pedras enormes, gigantes.
Onde, em noites muito escuras,
Aparecem criaturas
E seres impressionantes.
Dizem também que acontecem
Fatos por demais insólitos,
Nessas pedras conhecidas
Pelo nome de monólitos.
Grandes blocos de granito
Fazem o lugar bonito
Atraindo as atenções,
E quem passa ali por perto
Chega a ficar boquiaberto
Com aquelas formações.
Tem a “Cabeça da Cobra”
E a “Pedra da Caveira”,
A pedra “Galinha Choca”,
E a “Pedra Gemedeira”.
Verdadeiros monumentos
Açoitados pelos ventos
E pelo sol do sertão,
Mas, quem chega muito perto
Daquele lugar deserto
Pode ter outra visão.
No meio daquelas pedras
Tem onça e tem siriema,
Muita cobra cascavel,
Mas isso não é problema.
O problema mesmo sério
Na verdade é um mistério
De difícil solução:
Muito “cabra” destemido
Que vai lá, volta corrido.
Não quer ir de novo não.
E quando o povo pergunta
O que foi que o “cabra” viu,
Ele não sabe explicar.
Diz apenas que sentiu
Um cheiro de cão queimado,
Ouviu um grito abafado
E um gemido de agonia.
Teve um rapaz de Arneiroz
Que voltou de lá sem voz,
Não fala até hoje em dia.
Pois eu também fui pra lá
Procurar a explicação
Para existir tanta história
De encanto e assombração.
Meu pensamento era entrar
Pela mata e me embrenhar,
E ver o que acontecia,
Que tanto cabra valente
Regressava tão demente
Do meio da pedraria.
Ao chegar a Quixadá,
Instalei-me em um hotel
E pensei: “Aqui eu vou
Além de escrever cordel,
Praticar muito alpinismo.
Em tudo quanto é abismo,
Vou andar pela beirada,
E qualquer coisa medonha
Que por acaso se exponha,
Vou trazer engaiolada”.
No sertão do Ceará
No município que tem
O nome de Quixadá.
É um caso interessante,
Uma história intrigante
Que eu mesmo pude viver.
Fatos que nunca esqueci
E por isso resolvi
Esse cordel escrever.
Quixadá é uma cidade
Onde o povo hospitaleiro
Tem o coração aberto
Pra acolher o estrangeiro.
Mas, em volta da cidade,
Há, em grande quantidade,
Pedras enormes, gigantes.
Onde, em noites muito escuras,
Aparecem criaturas
E seres impressionantes.
Dizem também que acontecem
Fatos por demais insólitos,
Nessas pedras conhecidas
Pelo nome de monólitos.
Grandes blocos de granito
Fazem o lugar bonito
Atraindo as atenções,
E quem passa ali por perto
Chega a ficar boquiaberto
Com aquelas formações.
Tem a “Cabeça da Cobra”
E a “Pedra da Caveira”,
A pedra “Galinha Choca”,
E a “Pedra Gemedeira”.
Verdadeiros monumentos
Açoitados pelos ventos
E pelo sol do sertão,
Mas, quem chega muito perto
Daquele lugar deserto
Pode ter outra visão.
No meio daquelas pedras
Tem onça e tem siriema,
Muita cobra cascavel,
Mas isso não é problema.
O problema mesmo sério
Na verdade é um mistério
De difícil solução:
Muito “cabra” destemido
Que vai lá, volta corrido.
Não quer ir de novo não.
E quando o povo pergunta
O que foi que o “cabra” viu,
Ele não sabe explicar.
Diz apenas que sentiu
Um cheiro de cão queimado,
Ouviu um grito abafado
E um gemido de agonia.
Teve um rapaz de Arneiroz
Que voltou de lá sem voz,
Não fala até hoje em dia.
Pois eu também fui pra lá
Procurar a explicação
Para existir tanta história
De encanto e assombração.
Meu pensamento era entrar
Pela mata e me embrenhar,
E ver o que acontecia,
Que tanto cabra valente
Regressava tão demente
Do meio da pedraria.
Ao chegar a Quixadá,
Instalei-me em um hotel
E pensei: “Aqui eu vou
Além de escrever cordel,
Praticar muito alpinismo.
Em tudo quanto é abismo,
Vou andar pela beirada,
E qualquer coisa medonha
Que por acaso se exponha,
Vou trazer engaiolada”.
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