Andei postando essa fotografia no facebook e de imediato surgiu um tema dado pelo “amiguim” ALTAY PEREIRA – Mandacaru é como político, não dá sombra nem encosto... Convoquei Pedro Paulo Paulino e fizemos algumas glosas sobre o assunto:
ARI - O mandacaru me lembra
O político, no seu posto
Quando quer pedir um voto
É jeitoso que faz gosto
Porém depois de eleito
Não dá sombra nem encosto.
PPP - Mandacaru se defende
Usando seu próprio espinho
É tão valente, que nele
Não senta nem passarinho
Quem de nós que se defende
Dum político em seu caminho?
ARI - Lí num grosso pergaminho
Que encontrei no sertão
Que político é a serpente
Que “atentou” o velho Adão
Quando quer pegar um besta
Rasteja até pelo chão.
PPP - Zédantas mais Gonzagão
Cabras que trilharam o pó
Vendo a planta sertaneja
Fizeram um belo forró
N’A volta da asa-branca
Ele relembra um xodó...
ARI - Disse um sábio Faraó
Na lápide de sua tumba
Há três mil anos atrás
Escreveu na catacumba
Que político dá ENCOSTO
Mas só se for na macumba.
PPP - Eu tenho um mandacaru
Plantado no meu terreiro
Sua flor prometeu chuva
Que caiu em fevereiro
Diferente de político
Mentiroso e trapaceiro
ARI – Eu passei um ano inteiro
Numa peleja de morte
Para cobrar um político
Mas ele não fez aporte
Além de não dá encosto
Fez sombra na minha sorte.
PPP – Mandacaru bom de corte
Depois que é sapecado
Sendo em tempo de seca
É comida para o gado;
Político não zela o nome
Do povo não mata a fome
Por isso estou vacinado.
ARI – Mandacaru é sagrado
Não é do político espelho
Político ruim não dá frutos
Escute cá meu conselho;
Mandacaru quando flora
Sei que ninguém ignora
Traz chuva e fruto vermelho.
(...)