sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Poesia de Dalinha Catunda



A DERROTA DO VAQUEIRO
Dalinha Catunda

*
Jurei que não te queria,
Era mais pura invenção
No íntimo só eu sabia
O tamanho da paixão
Foi duro fugir do laço
Lançado por tua mão.
*
Com certeza eu já sabia
Qual seria meu papel
De laçada a dominada.
No começo flor e mel
E mais uma que montava
Na sela do teu corcel.
*
Eu não caí em teu laço,
Nessa tal competição.
Pois nem sempre o vaqueiro
Derruba uma rês no chão.
Tem rês tinhosa e arisca
Que derruba o campeão.