Por Iphan MG
MINAS GERAIS, Belo Horizonte – A partir da próxima segunda-feira, dia 19 de novembro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Minas Gerais (IPHAN-MG) dá início ao projeto Preservação do Acervo Documental de São João del-Rey. Nos próximos 180 dias, o prédio estará fechado para a realização de ações de desinfestação, higienização, acondicionamento e restauração do acervo. O projeto, com valor global de R$ 402 mil, faz parte da politica de valorização dos acervos documentais implementada pelo IPHAN-MG que, em 13 de fevereiro deste ano inaugurou o prédio do Arquivo Histórico de São João del-Rey.
O Arquivo Histórico de São João del-Rey é uma das principais referências no campo da pesquisa genealógica, histórica, geográfica, antropológica, econômica, religiosa e cultural para a região da antiga comarca do Rio das Mortes e para todo o estado de Minas Gerais. Vários trabalhos já foram realizados a partir das fontes documentais do referido arquivo. Desta forma, além de garantir a preservação documental, o projeto também possibilita sua acessibilidade e apropriação por parte do pesquisador especializado e também do cidadão comum, que procura nos arquivos o espaço para a prática de cidadania.
Histórico
Em 1956, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais passou ao antigo DPHAN a responsabilidade da guarda da documentação cartorária da comarca do Rio das Mortes, foi formado o Arquivo Histórico de São João del-Rey, que hoje pertence ao IPHAN. A história de Minas Gerais passa pela documentação cartorária, eleitoral, coletoria estadual e uma coleção de jornais e revistas datadas do final do século e princípio do século XX. São mais de 115 títulos de séries documentais cujas datas limites são 1709-1986. São processos de inventários, testamentos, processos crimes, sesmarias livros de notas, jornais entre muitos outros.
Uma leitura detalhada dessa documentação permite recompor e conhecer as lideranças sociais da antiga capitania mineira e proporciona um resgate do processo de escravidão nas Minas Gerais. Os documentos permitem ainda a contextualização de conjuntura econômica, social, política e religiosa.
