quinta-feira, 19 de abril de 2012

VERSOS E TELA



VERSOS E TELA
*
Despida também descalça
Caminhei pelo sertão.
 
Chegando a sentir de perto
 
O calor do meu torrão,
 
Que me esquentava a moleira
 
Porém prossegui arteira
 
Pois sou barro deste chão.
*
Diante dum céu azul
Bordado de Nuvens brancas,
 
Entre casas eu passava
 
Vendo janelas sem trancas
 
Minha sombra me seguia,
 
A cada passo eu crescia
 
Com minhas passadas francas.
*
Mas tudo foi só um sonho,
Vivido numa aquarela,
 
Onde aflora o surreal
 
Numa Pintura tão bela.
 
E nesse meu versejar,
 
Eu quero cumprimentar,
 
Demócrito e sua tela.
*
Versos de Dalinha Catunda
Tela do pintor  Demócrito Borges