Cai na terra a primeira
lágrima
extrai-se a primeira gota
traída.
Na escuridão da noite sem
rima,
elas escorrem de mãos
fechadas,
injustas, bárbaras e
apressadas,
semeando a semente que dá
vida.
cobrem-lhe o sangue, o manto e
a zombaria,
mas o coração e as costas
oferecia.
Eram as lágrimas de um rei no
seu posto,
tratado como um condenado
criminoso,
mas derramando-se pela nossa
agonia.
Das lágrimas das costas
aradas,
a chuva encheu um largo
rio,
que antes daquela noite de
frio
jamais se pôde
atravessar.
E sobre as dores ali
rasgadas
carregou a ponte que nos
faz passar.
Os pregos foram batidos e a
morte ali foi apregoada
na cruz escorriam as lágrimas
de um Pai apaixonado.
O Rei foi levantado numa tarde
desamparada
na dor, ferido,
abandonado, sofrido e rejeitado,
mas nada pôde apagar a sua
mais bela canção
e do íntimo do seu ser ele
entregou o seu perdão.
E choro não durou para sempre
e ele nunca o fará
pois aquele que foi até a
morte, dessa morte voltará!
No terceiro dia, o sepulcro
abriu-se sem mãos
e o anjo anunciou a maravilha
da vida ressurgida:
“Cristo, o Rei, ressuscitou!
Vai dizer aos teus irmãos
que cada lágrima derramada,
sairá da terra como vida!”
Esta poesia está em meu blog em http://blogpastoraanavirginia.blogspot.com.br/2012/04/lagrimas-de-um-pai-apaixonado.html
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