“Mortag é um bombeiro designado para queimar livros
proibidos até conhecer uma revolucionária professora que se atreve em lê-los.
De repente ele se vê como um fugitivo caçado, forçado a escolher não apenas
entre duas mulheres, mas entre segurança pessoal e a liberdade intelectual”.
Que faz ou já fez biblioteconomia, sabe de onde é
essa sinopse. Fahrenheit 451 (1953) foi escrito pelo autor Ray Bradbury que
faleceu ontem 06/06/12 em Los Angeles, aos 91 anos. O romance ficou pronto em apenas
nove dias, segundo o site Terra o autor utilizava uma máquina de escrever alugada
na biblioteca da UCLA (Universidade da Califórnia).
O livro virou filme (1966), protagonizado por Oskar Werner e Julie Christie. Com direção de François
Truffaut. A história mostra uma sociedade totalitarista, anti-intelectual,
onde os livros, proibidos, são queimados por bombeiros as avessas. O título refere-se
à temperatura 451 na escala Fahrenheit que é o ponto para que o papel
entre em combustão. De acordo com o site terra o autor trouxe não apenas uma
visão futurista, mas a sensibilidade literária para a ficção-científica e a
fantasia.
"Na ficção científica, nós sonhamos",
disse certa vez ao jornal The New York Times. "A fim de colonizar o
espaço, reconstruir nossas cidades para lidar com qualquer quantidade de
problemas, temos de imaginar o futuro, incluindo as novas tecnologias, que são
necessárias. Além disso, a ficção-científica também é uma ótima maneira de
fingir que você está escrevendo sobre o futuro, quando, na realidade, você está
atacando o passado recente e o presente." (TERRA, 2012).
O mais atual nesse filme é que a ação dos ditos bombeiros, se confunde
com os políticos quando desviam a verba destinada a educação, para que a
sociedade não tenha o verdadeiro conhecimento de exigir seus direitos e
consequentemente cobrar os deveres desses políticos . De certa forma
eles estão queimando o direito de acesso à informação.