Por Daniel Barbosa
De hoje até o próximo domingo, acontece a 6ª edição da Primavera de Museus – evento coordenado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) com vistas a sensibilizar as instituições e a comunidade para o debate sobre temas da atualidade. O mote que orienta essa edição é a Função Social dos Museus. Em Minas Gerais, pelo menos cinco deles vão oferecer uma programação de exposições, debates e outras atividades. Equipamentos da Fundação Municipal de Cultura, o Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB), o Museu de Arte da Pampulha (MAP) e o Centro de Referência Audiovisual (CRAV) vão promover encontros para discutir questões específicas da área de cada um. A eles, somam-se o Museu de Artes e Ofícios e o Museu do Oratório, em Ouro Preto, também diretamente implicados nas ações da Primavera de Museus.
Uma ação em que convergem todas essas instituições é o 4º Seminário da Rede Informal de Museus e Centros Culturais de Belo Horizonte e Região Metropolitana, que acontece hoje e amanhã, no Museu de Arte da Pampulha. “É um momento para encontrar, trocar informações e firmar parcerias. Atualmente, participam dessa rede 16 instituições, como a Casa do Baile, o Centro de Arte Popular e o Inhotim. O foco desse 4º seminário é a questão educativa nos museus”, diz Ana Paula Portugal, da Diretoria de Políticas Museológicas da Fundação Municipal de Cultura. Ela destaca, no seminário, as participações do coordenador educativo da Fundação Bienal, de São Paulo, Carlos Barmak, da museóloga do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, Marília Xavier Curi, e da ex-coordenadora do núcleo de difusão do conhecimento do Instituto Butantã (SP), Luciana Conrado.
Ana Paula diz que a questão da educação nos museus é o ponto em comum na programação dos três equipamentos ligados à diretoria. “É a partir dessa ação educativa que a gente consegue se comunicar com o público e, só assim, a gente pode conseguir identificar qual é, afinal, a função social dos museus”, diz. Ela ressalta, na programação geral, a exposição “Cultura Alimentar Mineira”, no Abílio Barreto; um debate sobre o sentido social do patrimônio cultural, no Museu de Arte da Pampulha; e uma mostra de filmes do acervo do CRAV, que vai acontecer no Centro de Cultura Belo Horizonte.
O Museu de Artes e Ofícios também preparou duas ações especiais para a semana. Uma delas é a “Visita Vendada”, pela qual grupos de 15 pessoas são estimulados a perceber o acervo da instituição através de outros sentidos que não apenas a visão. A outra ação prevista é o projeto Ampliando Horizontes, com a professora Viviane Panelli Sarraf, especialista em acessibilidade cultural, que vai debater, no dia 27, o tema Caminhos Inclusivos: Comunicação Sensorial para Pessoas com Deficiência Visual em Espaços Culturais.
Fonte: http://blog.crb6.org.br/