UM POETA MUITO SAPECA, SEMPRE
AMANDO MULHERES BRASIL AFORA... Nem álcool, nem cigarro... Conseguiu me viciar Mas o feitiço da mulher Conseguiu me escravizar Nem a força da gravidade Atrai mais que seu olhar Eu sempre ainda recordo Dos lugares por onde andei Na cabeça passa um filme Sobre as mulheres que achei Em cada canto desse país Deixei saudades, bem sei! Nas praias de Natal Lá no Morro do Careca Foi debaixo dum cajueiro Que perdi a minha cueca E nas nas dunas de areia Rolei com menina sapeca E em Campina Grande Ou na bela João Pessoa A paraibana é feminina E tão danada de boa Peguei elas no jeito, Até debaixo de canoa... Já na cidade de Recife, Na praia de Boa Viagem Conheci a bela da tarde Tão bonita, tão selvagem E nas ladeiras de Olinda Pus a noite na bagagem Foi lá em Paulo Afonso Namorei três meninas Lá no rio São Francisco Segurei as cinturas finas O que é que a baiana tem? Tem as carícias divinas!... Dessa vez, lá no Pará Nos arredores de Belem Num igarapé caudaloso Provei o que a vida tem Nos braços da paraense Fui um pinto no xerém... E lá no Rio de Janeiro Um beijo de beija-flor Foi tudo tão rapidinho Lá pertinho do Redentor No sotaque da carioca Se "viaja" num planador Em São Paulo, correria Lá não se pára na pista Só nos domingos um tempo Pra ir atraz da conquista E depois, só recompensa... Da linda mulher paulista! Fui morar no Rio Grande Lá na Serra tão linda Elegante mulher gaúcha Bem vestida e granfina Me chamava de "mineiro"... Quando ficava traquina! Mas foi em Curitiba A maior diversidade Nunca vi tanta polaca Juntas noutra cidade Tão brancas e macias Que Santa Felicidade!... Lá criei os filhos Com sotaque curitibano Mas engraçado mesmo É meu sotaque cigano Um sotaque universal De quem vive mudando... Na serra catarinense A tão linda "alemoa" De lá eu tenho saudade Sòmente de coisa boa A loiraça de peito farto, Não deixava o poeta à toa... |
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