Por Alita Diana
A Biblioteca Universitária da UFSC apresentou na terça-feira, 29 de maio, as ações que vem desenvolvendo no Ambiente de Acessibilidade Informacional (AAI) que visa a facilitar o acesso à informação e comunicação para pessoas com deficiência. O piso podotátil leva à sala do AAI, localizada no térreo da Biblioteca Central, que tem vários recursos voltados, principalmente, para estudantes com deficiência visual como computadores adaptados com ampliadores de tela e “softwares ledores”, lupa eletrônica que permite a ampliação de textos projetados em tela, materiais em formato áudio e acervo em braile que além de livros, coleção de revistas, oferece também mapas e globo terrestre táteis.
Para se adequar à Lei de Acessibilidade, a BU criou o AAI em 2006 e trabalha desde 2010 em parceria com o Comitê de Acessibilidade e o curso de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) da UFSC e a Associação Catarinense de Integração da Pessoa Cega (ACIC). O trabalho é desenvolvido de forma interdisciplinar envolvendo vários setores da UFSC como os professores Luciano Lazzaris Fernandes, do Centro de Desportos/CDS, Adriano Henrique Nuernberg e Ruth Nogueira, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas/ CFH, Patrícia Muccini Schappo, do Centro de Comunicação e Expressão/CCE, Maria Silvia Cardoso Carneiro, do Centro de Educação/CED, a assistente social Corina Espíndola do Programa de Ações Afirmativas da Pró-reitoria de Graduação/Prograd, entre outros parceiros.
Os serviços disponíveis são: empréstimos (notebook, livros — formato áudio, formato digital acessível, formato braile – MP3, lupa, etc.), materiais para consulta e equipamentos para uso no local e adaptação de materiais.
A adaptação de materiais é a maior demanda no AAI, sendo que a primeira delas é a digitalização de livros, que encontra problemas quando os livros estão rabiscados. Para o processo é necessário fazer as correções: adaptação de páginas, referência especificada, referência da ABNT e outros itens como as notas de rodapé. O AAI está fazendo contato com os professores para que eles venham a procurar o AAI e deixar os materiais para serem digitalizados, antes que os estudantes tenham esta demanda. O link do material é enviado por e-mail ao aluno e colocado no Pergamum com uma figura específica (representada por uma pessoa de bengala), mostrando que o documento está disponibilizado online. O material, por questões de direitos autorais, só é acessível aos alunos cadastrados no AAI que, atualmente, são em torno de 20.
Outro serviço que o AAI vem prestando é a leitura para os disléxicos, embora a
Vários materiais adaptados estão disponíveis
equipe não seja formada por leitores, mas tem feito a leitura para ajudar às pessoas.
O processo de produção de audiolivros é bem complexo, principalmente porque ainda não há uma metodologia definida a seguir. A BU, porém, vem tentando o desenvolvimento dessa metodologia, a partir da experiência dos técnico-administrativos e dos usuários do AAI.
Outra atividade é o “Café com Tato” que já teve quatro edições, com visitas a museus, praças, cafés, ateliês para que haja aproximação entre servidores e usuários. Outra meta é que os estudantes possam além de debater assuntos relacionados com a acessibilidade, passar por experiências como desenvolverem trabalhos em argila, sendo que a participação da comunidade universitária é bem-vinda.
A equipe do projeto é formada pelas auxiliares de biblioteca Clarissa Agostini Pereira e Marivone Richter, a bibliotecária Maria Bernardete Martins Alves, com a coordenação da bibliotecária Roberta de Bem.
No encerramento da atividade Narcisa Amboni, diretora da BU, agradeceu comovida o empenho da equipe e de todos da UFSC que vem colaborando com o projeto. Destacou, também, o pioneirismo da UFSC e a qualidade do acervo, equipamentos e materiais produzidos.
Fonte: http://noticias.ufsc.br/2012/05/31/biblioteca-universitaria-apresenta-ambiente-de-acessibilidade-informacional/
Fonte: http://blog.crb6.org.br
