Para
desenvolver um bom trabalho, de forma rápida, eficiente e com
conhecimento é necessário estar inteirado quanto aos recursos
tecnológicos disponibilizados em favor das informações.
Pesquisando
sobre o MARC 21, resolvi então trazer algumas informações acerca do
mesmo. Tudo isso para que nós (alunos e profissionais) da
biblioteconomia estejamos inteirados quanto a esta ferramenta que é uma
das que nos servem para atuar nos processos de catalogação.
Formato MARC
MARC é a sigla para Machine Readable Cataloging que quer dizer catalogação legível por computador.
Para o computador processar os dados catalogados é necessário
colocá-los em forma legível pela máquina, identificando os elementos de
forma clara, para que possa ler e interpretar os dados de um registro
catalográfico. O formato MARC é muito utilizado no mundo todo, existem
formatos baseados no MARC em vários países, como nos Estados Unidos (USMARC), na Inglaterra (UKMARC), na França (InterMARC) e no Canadá (CanMARC).
As informações
contidas em uma ficha catalográfica não podem ser simplesmente digitadas
no computador para produzir um catálogo automatizado. O computador
precisa de um meio para interpretar a informação encontrada no registro
bibliográfico. Este meio se encontra no MARC.
O objetivo do MARC
Servir como
formato padrão para o intercâmbio de registros bibliográficos e
catalográficos e servir de base para a definição de formatos de entrada
entre as instituições que o utilizam.
O histórico do MARC
Ao final da
década de 1950 do século passado, a Library of Congress (LC) iniciou
suas investigações sobre a possibilidade automatizar suas operações. Em
1965, houve uma Conferência sobre Catálogos Mecanizados entre a LC, o
CLR (Counsil on Library Resources) e a Comissão de Automação da Research
Libraries Association objetivando o estabelecimento de um formato para o
registro dos dados bibliográficos em computador. No mesmo ano, na
segunda Conferência sobre Catálogos Mecanizados, a LC apresentou um
trabalho onde sugeria todos os dados necessários ao formato desejado. Em
1966, na terceira Conferência sobre o mesmo assunto ficou determinado
que a LC iniciaria suas experiências.
Essa experiência ficou conhecida como "MARC Pilot Project".
No ano de 1967, na quarta Conferência sobre Catálogos Mecanizados se
discutiu o formato MARC II, os caracteres gráficos para dados
bibliográficos e uma estrutura para um sistema MARC operacional. Em
1968, a LC, encerrando suas atividades publicou um relatório sobre o
conjunto dos caracteres gráficos, o formato MARC II e sobre suas
experiências e das bibliotecas participantes do Projeto Piloto. Já em
1969, o sistema estava operacional, cobrindo todas as monografias em
língua inglesa, catalogadas pela LC.
Estrutura do MAC
É a moldura
básica do formato. Contém certas informações de controle que são
necessárias para a transmissão de informações e define "layout" dos
campos de dados. A estrutura é genérica e dá para usá-la em quaisquer
tipos de de dados bibliográficos. Esta foi adotada como padrão
internacional pela ISO 2709. A estrutura do formato de comunicação pode
ser adaptada às necessidades de processamentos e à configuração de
equipamento de cada biblioteca em particular.
Designadores de conteúdo
É um termo
abrangente, usado para se referir às etiquetas, indicadores e
delimitadores. A etiqueta identifica o campo que se segue, cada campo é
associado a um número de 3 dígitos. O indicador, duas posições de
caracteres seguem cada etiqueta. Uma ou ambas posições podem ser usadas
para contar indicadores. Em alguns campos somente a primeira é
utilizada, em outros, as duas são usadas e em outros, como o 020 e o
300, nenhuma é usada. A finalidade dos designadores de conteúdo é
recuperar as informações do campo variável, por exemplo: autor, título,
assunto, etc.
Conteúdo bibliográfico
A utilidade dos
registros bibliográficos para intercâmbio depende de seu conteúdo.
Elementos de dados importantes para uma biblioteca podem ser omitidos
dos registros de outra. Há diferentes regras para se fazer a entrada de
documentos, diferentes listas de cabeçalhos de assunto
incompatibilizando os registros do ponto de vista bibliográfico. Os
registros MARC são catalogados através das normas do Código de
Catalogação Anglo-Americano (AACR).
A estrutura geral de um registro bibliográfico
Líder
São dados que
fornecem informações para o processamento do registro. Esses dados
contêm números ou códigos que são identificados pela sua posição
relativa. O líder possui o tamanho de 24 caracteres (numerados de 00 a
23) e é o primeiro campo de registro MARC.
Diretório
É uma tabela
com um número variável de campos de tamanho fixo (entradas) com 12
caracteres cada um. Cada entrada contém três elementos de dados:
parágrafo, tamanho de campo, posição do caractere inicial do campo.
Campo de dados
É uma porção de
registro bibliográfico, normalmente de tamanho variável, tais como
autor, título, etc. Cada registro bibliográfico é dividido logicamente
em campos. Há um campo para autor, um campo para informação do título e
assim por diante. Esses são subdivididos em um ou mais "subcampos". Os
nomes dos campos são muito longos para serem reproduzidos dentro de cada
registro MARC. Ao invés disso, os nomes dos campos são representados
por etiquetas de 3dígitos.
Referência
FORMATO MARC. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Formato_MARC>. Acesso em 13 de julho de 2012.