Melchior Sezefredo Machado |
HOMENS DE FERRO!
Cantai, cantai, homens de ferro...
Gritai ao mundo o vosso horror!
Do ignóbil golpe do desterro,
Cobrai, enfim, a alva cor.
Contai aos novos da chibata
Que tatuou a negra pele,
Pra que não seja tão cordata
A negritude... E se revele,
Nos herdeiros da nobre raça,
A bravura dos ancestrais...
Rompei os fios da mordaça
Com dentes brancos, canibais;
Gritai bem alto os seus direitos
Pra que ecoem no infinito...
Trincai, por fim, os preconceitos
Com a dureza desse grito!
Mas perdoai vossos algozes,
Em gesto grande e igual sublime...
E livrai-se assim das neuroses
De cometer o mesmo crime!
Cantai, cantai, homens de aço,
Gritai ao mundo a vossa dor,
Mas perdoai, dai vosso abraço
Àquele irmão da outra cor...
Fecundai agora a semente
Da raça híbrida, "pro rata"...
Que o futuro há de ser somente
Uma imensa pátria mulata!
daVi gaLon
Cantai, cantai, homens de ferro...
Gritai ao mundo o vosso horror!
Do ignóbil golpe do desterro,
Cobrai, enfim, a alva cor.
Contai aos novos da chibata
Que tatuou a negra pele,
Pra que não seja tão cordata
A negritude... E se revele,
Nos herdeiros da nobre raça,
A bravura dos ancestrais...
Rompei os fios da mordaça
Com dentes brancos, canibais;
Gritai bem alto os seus direitos
Pra que ecoem no infinito...
Trincai, por fim, os preconceitos
Com a dureza desse grito!
Mas perdoai vossos algozes,
Em gesto grande e igual sublime...
E livrai-se assim das neuroses
De cometer o mesmo crime!
Cantai, cantai, homens de aço,
Gritai ao mundo a vossa dor,
Mas perdoai, dai vosso abraço
Àquele irmão da outra cor...
Fecundai agora a semente
Da raça híbrida, "pro rata"...
Que o futuro há de ser somente
Uma imensa pátria mulata!
daVi gaLon