"RIO - No lugar de peças e documentos do folclore brasileiro, o museu do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, na Rua do Catete, expõe apenas entulho de uma obra iniciada em fevereiro e cujo prazo expirou no mês passado. A um custo de R$ 519 mil, a reforma foi paralisada há um mês, por causa de um impasse entre a empresa responsável pelas intervenções, o escritório de arquitetura, que elaborou o projeto e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A obra tinha a pretensão de modernizar o espaço..." Notícia do jornal O Globo.
É uma pena que uma instituição de referência nacional encontre-se nessa situação calamitosa. Os versos abaixos referem -se ao acervo da CORDELTECA – Memória da literatura de cordel, sob guarda da Biblioteca Amadeu Amaral, que também está fechada ao público, desde fevereiro de 2012, pela fadada obra.
(...)
"No Centro Nacional
De Cultura Popular
Acervo de cordel é
Referência singular
Poeta de toda parte
Vem aqui depositar*
*Seus folhetos de cordel
Para conosco gravar
A Memória permanente
Da cultura popular
A Cordelteca respalda
A poesia popular"
(Rosário Pinto)
O CENTENÁRIO EDISON CARNEIRO – natural de Salvador, BA, 12 de agosto é o seu aniversário. O folclorista que percorreu todo o país em busca das mais preciosas tradições da cultura popular brasileira, foi realizado no auditório do Museu da República. Cordel de Saia divulgou o evento com os versos:
O Folclore comemora
Relevante centenário
Neste Agosto é o mês
Do grande aniversário
Do gigante folclorista
Que conviveu com artista
Nos deixou belo cenário
*
De quem falo, já vos digo
O nome homenageado
Edison Caneiro é
Folclorista apegado
Às tradições brasileiras
Fez delas suas bandeiras
Da cultura advogado.
*
Percorreu todo o país
Festas e religiões
Pesquisou, tudo em detalhe
Em todas ocasiões
Nada deixou para trás
De tudo, correu atrás
Também estudou baiões.
Amigo de Jorge Amado
Que sempre reconheceu
No folclorista, o mérito
De tudo que descreveu
Muitos anos de pesquisas
Leu também as poetisas
Sobre tudo escreveu
*
Pesquisou sobre a umbanda
E também, o candomblé
Toda a religiosidade
Estudou e fincou pé
Fez minucioso estudo
Foi mestre, tal qual Cascudo
Na cultura, mostrou fé
*
O Rodolfo Cavalcante
Que foi grande menestrel
Um folheto publicou
Todo versado em cordel
Exaltando o folclorista
Passou sua vida em revista
Como um grande nobel
*
Convidei dona Dalinha
Da famíla dos Catunda
Para trazer o seu verso
Com sua verve profunda
Ela é ágil na setilha
Sempre mantem sua trilha
Sua poesia é profunda
*
Leia abaixo o folheto
Clique o “link”, sem temor
Para conferir-lhe a vida
O poeta tem valor
E o Edison Carneiro
Este grande brasileiro
Provocou muito rumor.
(Rosário Pinto)
Bibliografia:
Pinto, Maria Rosário. Catalogação de cordel. Rio de Janeiro, RJ: Academia Brasileira de Literatura de Cordel, 2011. 16 p.
Cavalcante, Rodolfo Coelho.Dr. Edison Carneiro: o gigante do folclore afro-brasileiro. Salvador : Tipografia Ansival, 1977. 8 p.