quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O salto tecnológico dos livros digitais e sua nova plataforma de tecnologia editorial


Nem a Apple, nem ninguém, propôs um certo dispositivo semelhante a uma tela de cristal líquido, leve ou levíssima (o tablet está fora deste critério de utilização pelo usuário) para a leitura de livros digitais e sua conexão com bibliotecas, centros de conhecimentos e centrais ou blogs jornalísticos
Ler livros digitais será uma das prováveis predileções humanas, no século 21, com o uso dessas tecnologias – Que tal ler um livro digital em slides, ou que simule um site Offline? Talvez o 1º livro do tipo nesta nova era da informação e do conhecimento em alta velocidade de difusão e de abrangência – Letras grandes ou com capacidade para variar a fonte e seu tamanho? Com textos coloridos e até com figuras GIF “animadas”, ou textualizações e figuras em PowerPoint e que possa ser lido por todas as pessoas, num “espetáculo” de tela e de cores? E que possa ser ouvido com ótimos softwares para habilitação de sons e vozes?
Numa viabilização técnica e econômica (sob o ponto de vista de engenharia), muitas possibilidades podem ser operacionalizadas, tais como: de ampliar a fonte e modificar o tipo de letra (para míopes e idosos), fazer zoom, grupar assuntos semelhantes, fazer cruzamentos e resumos, pesquisar por palavras-chave, imprimir imagens e textos em conexão a impressora ou computadores e etc. Isso superaria o significado do acesso a Internet, para o conceito de livro digital eletrônico (ou jornal digital – eletrônico), pois dispensaria computador, rádio ou telefonia, provedor de acesso e assinaturas respectivas. E podendo ainda contar com esses.
As crianças a partir dos 6 anos de idade, e os jovens dos anos 1990 para cá, têm na tecnologia uma espécie de idolatria quase que doentia. Estão extremamente familiarizados com os procedimentos “amigáveis”, de acessibilidade, interatividade, comunicabilidade e criatividade que a tecnologia concede. O Brasil tem mais de 85 milhões de jovens com idade abaixo dos 24 anos.
Por que as instituições editoriais quase não investem numa nova tecnologia interativa com os leitores, e com a Internet, computadores e sistemas/equipamentos digitais, com sons e imagem móveis?
Talvez porque cerca de 80% a 90% dos universitários brasileiros não lê nem jornais, nem revistas e poucos lêem mais de 3 livros por ano (mais de auto-ajuda e de ficção alienadora, quando lêem), além do que eles não têm tempo para tal? E boa parte dos demais estudantes, abaixo do nível universitário, se coloca junto ao perfil de analfabeto funcional, com dificuldades de leitura, interpretação, redação e cálculos.
Então, como podemos melhorar o Brasil com pessoas com alto senso crítico e poder de análise?
Algumas, por compras recentes de parques editoriais/gráficos, precisam depreciar a tecnologia, e finalizar o retorno dos investimentos. É preciso recorrer à tecnologia para aumentar a demanda de leitores e criar um dispositivo mais democrático, e que conceda acesso ao conhecimento, às tendências, as atualidades, aos eventos e notícias culturais, sociais, econômicas, humanistas e científicas, na medida do interesse do leitor ou de suas necessidades. E tudo isto associado aos livros digitais, os quais poderão ser elaborados eletronicamente com alta qualidade, baixo custo (já sem o papel) para preços mais acessíveis e alto poder de difusão e disponibilidade / multiplicação.


O hardware poderá ser uma pequena estação de trabalho, com os recursos de estúdio editorial e gráfico. O escritor de qualquer lugar, local ou remoto, enviará o texto digitado por email, no formato mais simples, e o Book Designer fará as adaptações e as adequações do texto base para a convenção tecnológica plena do Digital Book. Após a aprovação final de sua contextura seria feita a reprodução eletrônica e a distribuição para os centros bibliotecários de downloads e vendas. Toda uma infraestrutura deverá ser inventada … Muitas patentes poderão vir por ai.
Não cremos que já se tenha proposto o conjunto de hardware e de software para os livros digitais, que não sejam assemelhados aos “velhos livros atuais de papel” … Não houve um salto tecnológico para o DB, se forem tratados como assemelhados dos velhos e atuais livros de papel, e sim uma evolução Linear e “normal”.
Os Digitals Books – DBs – deverão ter um conjunto integrado de softwares com Dreamweaver e Fireworks, num estúdio editorial e gráfico específico, para DBs com acessibilidade e navegação offline, com Gifs animadas, como filmes extra- curtos de até 5 minutos até em PowerPoint, documentários, fotos, exposições e esquematizações dinâmicas e movimentadas, num show de “pirotecnia” visual, textos redacionais em PDF ou DOC, mas, animados por links versáteis e elucidativos dentro das temáticas, com conexões para acesso Online na Internet, com capacidade para buscas do texto formal que nos interessa em toda a contextura do DB. Buscas dentro do DB por palavras-chave ou específicas, cliques de links dos índices para diretamente aos capítulos selecionados por eles, ou expansões de buscas junto à internet.
A tecnologia em verdade deverá dar um salto evolutivo …
Nem a Apple, nem ninguém, propôs um certo dispositivo semelhante a uma Tela de Cristal Líquido, leve ou levíssima (o tablet está fora deste critério de utilização pelo usuário) para a leitura de livros digitais e sua conexão com bibliotecas, centros de conhecimentos e centrais ou blogs jornalísticos.
A Tela de Cristal Líquido, para leitura de livros digitais deverá ter as dimensões próximas às dos papéis A4 ou L = 21 cm e A = 29,7 cm ou A3, pouco maior, pode se tornar o maior atrativo para leitura de “jornais e livros digitais”, no conforto de uma poltrona, ou sofá, no banco de praça e etc. Em características dominantes as quais podemos comentar:
1. Uma pequena “lâmina” portátil, retangular e leve;
2. Com botões e teclas de comando – para manipulação das imagens e textos;
3. Tela com resolução adequada à condição de leitura e nitidez dos textos e imagens;
4. Um custo máximo de R$ 100,00 a R$ 200,00 – adquirida uma única vez;
5. Possibilitando a inserção de um – cartão com memória ou mini disco – vendido e codificado, específico do leitor;
6. Podendo ser – cartão com memória ou mini disco – carregado em bancas e lojas, ou arquivos baixados da Internet, em locais públicos ou privados – com o jornal ou livro eletrônico;
7. O “conteúdo digital” pode ser do dia, e que pode estar acumulado com um período determinado – semana, mês ou ano, por exemplo, com notícias informações e dados específicos ou gerais;
8. Textos e imagens coloridos e em “fireworks ou flash” (softwares de elaboração de animações para Internet);
9. Capacidade para receber imagens de câmeras digitais ou celulares;
10. Pode ser “lido” sob qualquer tipo de luz, externa ou interna, com ou sem vento, num sofá ou cama, no banheiro, no ônibus, avião ou trem, no banco da praça, nas filas de espera e de atendimento;
11. Pode ser “ouvido”, também, usando-se a tecnologia do MP, para notícias específicas.
A Tela de Cristal Líquido cairá bem ao jeito infanto-juvenil de aprender a ler, interpretar, escrever suas idéias, pensamentos e calcular. Até ler livros digitais. O maior atrativo do jornal eletrônico – Tela de Cristal Líquido – será a tecnologia idolatrada e fascinante.
Os grandes parques gráficos, para tiragem de livros, revistas e jornais, poderão virar coisas do passado. Também produzem seus danos ambientais.
A nova tecnologia permitirá a simultaneidade e a convergência de contribuições, de escritores e articulistas (pré-cadastrados e avaliados), resenhas temáticas dos livros digitais já lidos, extratos da essência do conhecimento publicado, num processo de montagem e fechamento de edições no formato digital, colorido e com som e imagens móveis, em várias edições por dia, sem a “blindagem convencional e antidemocrática” das editoras e dos jornais atuais. E, ainda, “desconstruindo” a hegemonia, ou o predomínio, de alguns editores e jornais brasileiros, neutralizando sua influência editorial, suas predileções temáticas e políticas, suas artimanhas manipulatórias e suas duvidosas “demolições e desmanches” de imagens e reputações alheias.
O futuro, pela pressão da tecnologia, irá exigir uma nova postura das instituições editoriais/gráficas e jornalísticas. Ainda há tempo, muito embora algumas não possam, tão cedo, rumar em escala para o novo caminho. Precisam depreciar seus recentes investimentos em parques gráficos e equipamentos de vulto. A “destruição criativa” será inevitável.
Existem instituições editoriais e jornalísticas seculares e que superaram os desafios do tempo. Mas a miniaturização de objetos, a redução dos esforços de engenharia em sua obtenção, a redução dos custos equivalentes, a processabilidade, a portabilidade, a comunicabilidade e a interatividade irão deslocar, os serviços editoriais e jornalísticos, para uma plataforma tecnológica de maior agilidade – tempo real absoluto – baixo custo de manutenção e para um maior processo holístico da convergência das informações, das notícias e dos artigos dos leitores e participantes dos eventos. Nessa ocasião ninguém precisará dos livros e dos jornais como os conhecemos hoje.
Fonte: Administradores.com.br | Lewton Burity Verri