domingo, 12 de agosto de 2012

PAPAI NOSSO DE TODAS AS HORAS


Autor: Gerardo (Pardal)


É na dureza da vida
De uma vida tão sofrida
Que tu estás a vencer
E sem nenhum quebra-galho
E também nenhum trabalho
Como tu estás a viver?!

E é neste teu sofrer
Neste teu sobreviver
Que tu mostras que és capaz
De vencer os empecilhos
E com tua mulher e filhos
Vão sempre buscando a paz!

Papel de mãe já fizeste
Pois quantas vezes puseste
No filhinho a frauda enxuta
E à noite ao levantar
Para ao filho acalentar
Tu não mediste a labuta.

Fizeste até o mingau
E as fraudas no varal
Estendeste pra enxugar
Talvez se tivesses peito
Tinhas até dado um jeito
Para ao filho amamentar

Com teus filhos jogas bola
Pelo chão deitas e rola
Com eles viras menino.
Sê  dos teus filhos um amigo
Pra livrá-los do perigo
De escolher um mal destino.


Quando estás ao pé da pia
Te serve de terapia
Aquela  pilha de pratos
Que vais lavando e enxugando
E assim vais meditando
Pra melhorar os teus atos.

Tu que abraçaste esta vida
Pra viver com tua querida
U’a vida de altos e baixo
Precisas de muita fé
Pois pra se manter de pé
O cabra tem que ser macho...

Tu és mesmo o co-autor
Da obra do Criador
Que quer sempre tua ajuda
Sê então pros filhos teus
A Face do nosso Deus
Para  ver se o mundo muda...

Mas quem é esta figura
Que o poeta aqui procura
Definir mas nunca vai
Conseguir nem descrever
Esta figura é você
Meu estimado PAPAI.

Peça a Deus em cada dia
Muita paz e alegria
E saúde pro seu pai.
O Filho que valoriza
O seu pai nunca agoniza
E nas trevas nunca cai.

(DIA DOS PAIS) agosto/97